Este cozimento lento, usado para deixar a carne macia, também pode dar mais sabor a tomates, cenour
as e outros ingredientes
Pode parecer modinha, mas confitar não é uma forma recente de
cocção de alimentos. Ela é antiga e permitia aos povos manter seus
alimentos longe da deteriorização. Hoje, realça sabores e revela aromas
para paladares gourmet.
“Passou a ser uma técnica gourmet e não mais de conservação do
alimento. Ela traz maciez, textura e sabor ao alimento, tornando-o
especial ao paladar”, afirma o chef Alexandre Bressanelli, chef
consultor da Go Cook! Escola de Cozinha
Muitas são muito as opções de alimentos para se usar a técnica – as
mais conhecidas são as carnes, como o francês confit de pato. Mas dá
para fazer com legumes, principalmente os míni ou baby leaves – como as
minicenouras ou miniabobrinhas – que além de saborosos, deixam o confit
mais bonito. “Mas, além da escolha do legume, é fundamental que os
produtos sejam de boa qualidade, como o azeite e as ervas frescas usadas
para o tempero.”
O confit é a técnica de cocção de alimentos em gordura, na qual se
utiliza baixa temperatura e tempo prolongado para não quebrar a cadeia
de fibras do que está sendo confitado.
Em casa
A técnica pode ser facilmente realizada na cozinha de casa. “Não é
preciso aparelhos especiais, o importante é valorizar os ingredientes
que serão usados e cuidar com a temperatura e o tempo de preparo”.
Segundo Bressanelli, o confit pode ser feito no fogão ou no forno. “Em
casa, para garantir um bom resultado, usar o banho-maria facilita a
produção, tanto no forno quanto no fogão. Isso porque a água distribui
igualmente o calor.”
Outros itens importantes para a preparação do confit: a temperatura
usada no processo deve ser a mais baixa, nunca deve passar dos 100
graus, e uma panela ou forma de inox facilita a produção. “A temperatura
baixa garante que a gordura usada para o processo não irá fritar.”
O chef Ivan Lopes, do restaurante Mukeka, aconselha o uso de um
termômetro específico para culinária para facilitar a manutenção da
temperatura. “Assim é possível controlar o processo e mantê-lo sempre
abaixo dos 100 graus C”. Outro cuidado que aconselha na produção do
confit de legumes é não picá-los, mais deixá-los em pedaços maiores.
“Como o alimento deve estar coberto pela gordura, óleo ou azeite,
pedaços muito pequenos tendem a absorver mais, tornando-se gordurosos.
Além disso, o tempo de preparo deve ser observado. Os legumes devem
ficar al dente”, explica. O tipo de legume e o tamanho influenciam o
tempo de preparo, mas o chef indica de 20 a 40 minutos. “É preciso
acompanhar o processo e experimentar o legume para verificar a
consistência.”
Outra dica importante é a escolha do legume. “Há os que se comportam
como esponjas e absorvem a gordura. Não aconselho o uso desses legumes
no confit, como a berinjela. Já brócolis e couve-flor são boas opções.”
Para ele, o uso de uma gordura animal na produção do confit tornará os
legumes mais saborosos. “A gordura de uma carne preparada para outra
receita pode ser reutilizada num confit de legumes, agregando sabor”,
ensina.http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet
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