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BOLO REI português

BOLO REI
 português
tradicional para a noite-véspera do Dia de Reis (6 de Janeiro)







Ingredientes
  • - 750 g de farinha
  • - 30 g de fermento de padeiro
  • - 150 g de margarina
  • - 150 g de açúcar
  • - 150 g de frutas cristalizadas
  • - 150 g de frutos secas ( meias nozes, amêndoas,passas de uva, pinhões)
  • - 4 ovos
    
    
    
    
  • - raspa de 1 limão
  • - raspa de 1 laranja
  • - 1 decilitro de vinho do Porto
  • - 1 colher de sobremesa de sal
Para acabamento:
  • - torrões de açucar q. b.
  • - geleia q. b.
  • - gema de ovo q. b.
  • - farinha q. b.
  • - 1 brinde (foi proibido)
  • - 1 fava (foi proibido)
    
    
    
    
Confecção
O primeiro cuidado é o ambiente: deve ser temperado, sem correntes de ar.
1 - Metade das frutas cristalizadas (75 gramas) é cortada em pedaços pequenos e num recipiente se as macera no vinho do Porto (1 decilitro)
A outra metade das frutas cristalizadas (75 gramas) é guardado para no final enfeitar exteriormente o bolo.
2 - O fermento (30 gramas, e de padeiro) é dissolvido em água tépida (1 decilitro) para depois se adicionar a farinha (1 chávena).
Deixa-se a levedar por um quarto de hora .
 3 - Raspa-se a casca de um limão e de uma laranja
4 - A mangarina é batida juntamente com o açúcar (150 gramas) e as raspas da laranja e do limão, vai-se juntando, um por um, os ovos (4) e a massa de fermento (referida em 2-).
5 - Estando uma massa homogénia, se mistura  então a farinha (750 gramas) e o sal (uma colher de sobremesa).



Tudo deve ficar bem ligado, macio e elástico.
6 - As frutas cristalizades partidas em bocados pequenos e parte das frutas secas são introduzidas na massa
7 - formata-se em forma de bola, polvilha-se com farinha sobre um pano branco tipo linho também polvilhado para não pegar, é feito o sinal da cruz com o gume da mão e se pronuncia:
Deus te levede E torne a levedar
Para comer e para dar.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
 Amen
Tapa-se com um pano de linho e se deixa a levedar por cinco horas, vindo a dobrar de tamanho
8 - Num tabuleiro que irá a ser tapado por um pano,coloca-se a massa fazendo-lhe um buraco no meio e então se esconde o brinde embrulhado em papel vegetal  e a fava. Deixa-se levedar mais uma hora.
Esta colocação do brinde e da fava foi proibida por haver o risco de partir algum dente ou até poder provocar asfixia; mas na tradição, quem lhe "sair" a fava será o seguinte ofertante de um bolo rei.



9 - O bolo é pincelado com gema de ovo, se coloca a embelezá-lo, na coloração diversa, as frutas cristalizadas que ficaram inteiras (75 gramas), torrões de açúcar e as restantes frutas secas
10 -  Por fim vai a forno bem quente para ficar cozido (basta enfiar uma agulha tipo "tricot" e ao retirar ela deve vir "limpa")
11 - Para remate, pincela-se com geleia diluida em água quente para dar maior brilho
  por: HLR

 

História


origem do Bolo-Rei


por:  http://omelhordeportugalestaaqui.blogspot.com


Sabia que o Bolo-Rei já tem perto de 2 mil anos? Bom, pelo menos na origem… Fique por dentro da história do Bolo-Rei e aproveite para saber também a receita.

Diz a história que teriam sido os três reis magos, Gaspar, Belchior e Baltazar a dar origem ao famoso Bolo-Rei, simbolizando os presentes que os magos levaram ao Menino Jesus aquando do seu nascimento: o ouro, a mirra e o incenso.





De acordo com a simbologia, a côdea simboliza o ouro, as frutas, cristalizadas e secas, representam a mirra; e o aroma do bolo assinala o incenso. Certo é que o bolo, devido às frutas e à forma circular com um buraco no centro, aparenta uma coroa incrustada de pedras preciosas.

Depois, também a fava e o brinde, hoje em desuso alegadamente por questões de segurança alimentar, têm uma explicação tradicional. Segundo a lenda, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a brindar o Menino. Com vista a acabar com aquela discussão, um padeiro confeccionou um bolo escondendo no seu interior uma fava, para que aquele que a apanhasse fosse o primeiro a entregar o presente. A história não conta no entanto, qual dos três, Gaspar, Baltazar ou Belchior, foi o feliz contemplado.




Até há bem pouco tempo, ditava a tradição que quem recebesse a fatia com a fava, teria de oferecer o Bolo Rei no ano seguinte. A fava, amaldiçoada pelos sacerdotes Egípcios que a viam como alojamento para os espíritos é considerado o elemento negativo, representando uma espécie de azar.

O brinde era colocado no bolo como forma de presente. Havia quem colocasse nos bolos pequenas adivinhas cuja recompensa seria meia libra de ouro. Outros incluíam propositadamente as moedas de ouro na massa, como forma de agradecimento. Com o passar do tempo o brinde passou a ser um pequeno objecto metálico de valor apenas simbólico e mais tarde, com as regras comunitárias, tanto o brinde como a fava acabaram por ser interditados.

Pondo de parte os mitos, e buscando uma explicação mais científica, os registos antigos demonstram que os romanos usavam as favas para a prática inserida nos banquetes das Saturnais, durante os quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também designado Rei da Fava, porque era escolhido usando favas para tirar à sorte. Terá sido a Igreja Católica a relacionar este jogo, característico do mês de Dezembro, com a Natividade e, depois, também com a Epifania (os dias entre 25 de Dezembro e 6 de Janeiro).
Esta última data acabou por ser designada pela Igreja como Dia de Reis, do qual ainda hoje em Espanha se mantém a tradição para a oferta dos presentes às crianças, em vez do dia 24 ou 25 de Dezembro, como é costume em Portugal.

Em tempos idos havia ainda uma outra tradição, a de que os cristãos deveriam comer 12 bolos-reis, entre o Natal e os Reis, festa celebrada na corte dos reis de França.

É daí, de França, que surgem as primeiras evidências do uso do Bolo-Rei, da corte de Luís XIV. Vários escritores escrevem sobre ele, e Greuze celebrou-o num quadro, exatamente com o nome de Gâteau des Rois.

Curiosamente, devido ao nome e à conotação com a realeza, o Bolo-Rei foi proibido após a Revolução Francesa, em 1789, tendo os pasteleiros mudado o nome do bolo para poderem continuar a confeccioná-lo. Por cá, depois da proclamação da República, a proibição do bolo-rei esteve também prestes a acontecer, mas sem sucesso.




Tanto quanto se sabe, a primeira casa onde se vendeu Bolo Rei em Portugal foi em Lisboa na Confeitaria Nacional, por volta do ano de 1870, bolo feito pelo afamado confeiteiro Gregório através duma receita que Baltazar Castanheiro Júnior trouxera de Paris.

No Porto foi posto à venda pela primeira vez em 1890 por iniciativa da Confeitaria Cascais feito segundo receita que o proprietário Francisco Júlio Cascais trouxera de Paris.Assim o Bolo Rei atravessou com êxito os reinados da rainha D. Maria II e dos reis D. Pedro, D. Luis, D. Carlos e D. Manuel II.Com a proclamação da República em 5 de Outubro de 1910 chegaram a Portugal os maus tempos para o Bolo Rei.




Devido ao nome, o bolo tinha que desaparecer ou então… mudar de nome.

Os menos imaginativos deram-lhe o nome de ‘ex-bolo rei’, mas a maioria chamou-lhe bolo de Natal ou bolo de Ano Novo. A designação de bolo Nacional seria a melhor, uma vez que remetia para a confeitaria que o tinha introduzido em Portugal, e também por estar relacionado com o país o que ficava bem em período revolucionário.Não contentes com nenhuma destas ideias os republicanos mais radicais chamaram-lhe bolo Presidente até houve quem lhe chamasse bolo Arriaga.




Daí até aos dias de hoje, o negócio dos bolos-rei alastrou das Confeitarias e Pastelarias aos super e hipermercados e hoje qualquer boa mesa de consoada natalícia não dispensa o famoso bolo, que apesar do nome poderá ter consistências e sabores muito diferentes, consoante o local em que é produzido e as receitas que têm por base.

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